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domingo, 29 de março de 2009

As Pombas

As Pombas


Vai-se a primeira pomba despertada...

Vai-se outra mais... mais outra...

enfim dezenas

Das pombas vão-se dos pombais,

apenas Raia sangüinea e fresca a madrugada.

E à tarde, quando a rígida nortada Sopra,

aos pombais, de novo elas, serenas,

Ruflando as asas, sacudindo as penas,

Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam

Os sonhos, um a um, céleres voam,

Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,

Fogem...

Mas aos pombais as pombas voltam,

E eles aos corações não voltam mais.

(Raimundo Correia)

Coletado in http://www.casadobruxo.com.br/poesia/r/pombas.htm

Biografia de Raimundo Correia, poeta maranhense

Gentileza Academia Brasileira de Letras www.academia.org.br

Raimundo Correia (R. da Mota de Azevedo C.), magistrado, professor, diplomata e poeta, nasceu em 13 de maio de 1859, a bordo do navio brasileiro São Luís, ancorado na baía de Mogúncia, MA, e faleceu em Paris, França, em 13 de setembro de 1911. É o fundador da Cadeira n. 5 da Academia Brasileira de Letras.

Foram seus pais o desembargador José Mota de Azevedo Correia, descendente dos duques de Caminha, e Maria Clara Vieira da Silva. Vindo a família para a Corte, o pequeno Raimundo foi matriculado no Internato do Colégio Nacional, hoje Pedro II, onde concluiu os estudos preparatórios em 1876. No ano seguinte, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo. Ali encontrou um grupo de rapazes entre os quais estavam Raul Pompéia, Teófilo Dias, Eduardo Prado, Afonso Celso, Augusto de Lima, Valentim Magalhães, Fontoura Xavier, Silva Jardim todos destinados a ser grandes figuras das letras, do jornalismo e da política.

Em São Paulo, no tempo de estudante, colaborou em jornais e revistas. Estreou na literatura em 1879, com o volume de poesias Primeiros sonhos. Em 1883, publicou as Sinfonias, onde se encontra um dos mais conhecidos sonetos da língua portuguesa, "As pombas". Este poema valeu a Raimundo Correia o epíteto de "o Poeta das pombas", que ele, em vida, tanto detestou. Recém-formado, veio para o Rio de Janeiro, sendo logo nomeado promotor de justiça de São João da Barra e, em fins de 1884, era juiz municipal e de órfãos e ausentes em Vassouras. Em 21 de dezembro daquele ano casou-se com Mariana Sodré, de ilustre família fluminense. Em Vassouras, começou a publicar poesias e páginas de prosa no jornal O Vassourense, do poeta, humanista e músico Lucindo Filho, no qual colaboravam nomes ilustres: Olavo Bilac, Coelho Neto, Alberto de Oliveira, Lúcio de Mendonça, Valentim Magalhães, Luís Murat, e outros. Em começos de 89, foi nomeado secretário da presidência da província do Rio de Janeiro, no governo do conselheiro Carlos Afonso de Assis Figueiredo. Após a proclamação da República, foi preso. Sendo notórias as suas convicções republicanas, foi solto, logo a seguir, e nomeado juiz de direito em São Gonçalo de Sapucaí, no sul de Minas.

Em 22 de fevereiro de 1892, foi nomeado diretor da Secretaria de Finanças de Ouro Preto. Na então capital mineira, foi também professor da Faculdade de Direito. No primeiro número da Revista que ali se publicava, apareceu seu trabalho "As antiguidades romanas". Em 97, no governo de Prudente de Morais, foi nomeado segundo secretário da Legação do Brasil em Portugal. Ali edita suas Poesias, em quatro edições sucessivas e aumentadas, com prefácio do escritor português D. João da Câmara. Por decreto do governo, suprimiu-se o cargo de segundo secretário, e o poeta voltou a ser juiz de direito. Em 1899, residindo em Niterói, era diretor e professor no Ginásio Fluminense de Petrópolis.

Em 1900, voltou para o Rio de Janeiro, como juiz de vara cível, cargo em que permaneceu até 1911. Por motivos de saúde, partiu para Paris em busca de tratamento. Ali veio a falecer. Seus restos mortais ficaram em Paris até 1920. Naquele ano, juntamente com os do poeta Guimarães Passos também falecido na capital francesa, para onde fora à procura de saúde foram transladados para o Brasil, por iniciativa da Academia Brasileira de Letras, e depositados, em 28 de dezembro de 1920, no cemitério de São Francisco Xavier.

Raimundo Correia ocupa um dos mais altos postos na poesia brasileira. Seu livro de estréia, Primeiros sonhos (1879) insere-se ainda no Romantismo. Já em Sinfonias (1883) nota-se o feitio novo que seria definitivo em sua obra o Parnasianismo. Segundo os cânones dessa escola, que estabelecem uma estética de rigor formal, ele foi um dos mais perfeitos poetas da língua portuguesa, formando com Alberto de Oliveira e Olavo Bilac a famosa trindade parnasiana. Além de poesia, deixou obras de crítica, ensaio e crônicas.

Obras de poesia: Primeiros sonhos (1879); Sinfonias (1883); Versos e versões (1887); Aleluias (1891); Poesias (1898, 1906, 1910, 1916); Poesias completas, 2 vols., org. de Múcio Leão (1948); Poesia completa e prosa, org. de Valdir Ribeiro do Val (1961).

domingo, 8 de março de 2009

Às Vezes Eu Me Acho... by Vilani Carvalho




FELIZ DIA INTERRNACIONAL DA MULHER!

“Às vezes eu me acho...”

(Vilani Carvalho)

Às vezes eu me acho forte!
Às vezes eu me acho fraca.

É um ir e vir...
Sou um carrossel de emoções!
Um vai-e-vem constante.

Quando me sinto forte, sou invencível!
Quando me sinto fraca,
Sinto a minha pequenez diante de tudo.

Tu minha amiga,
Me faz sentir-me forte
Com tuas palavras carinhosas, e
Pela auto-estima que tu fazes
aflorar em mim.
Bendita sejas TU MULHER, AMIGA!