Mensagem Recebida de meu esposo João Melo Em resposta ao meu texto ‘Nós Nada Somos sem nós’ Por ocasião do nosso 45.° Aniversário de Casamento

Mensagem Recebida de meu esposo João Melo

Em resposta ao meu texto

‘Nós Nada Somos sem nós’

Por ocasião do nosso

45.° Aniversário de Casamento, em 2005

Vilani... Meuba...

Adorei a tua mensagem, principalmente a tua teimosia. Como costumo dizer, se não fosse a teimosia do Colombo nem a América existia. Na sua caravela todos queriam voltar e ele teimava em seguir.

Entretanto devo dizer que discordo de algumas passagens principalmente de que os desenganos vão conosco à frente. Não. Já que pensamos numa vida futura, as esperanças vão conosco à frente e os desenganos vão ficando para trás.

“Tudo o que fizerdes aos humildes, a mim o fazeis”, disse o Mestre. Quando demos um carro para cada filho, e demos sempre a mão a quem nos pediu socorro, estávamos cumprindo aquele principio.

E por isso ninguém entende como um Auditor Federal e uma Promotora de Justiça possam viver tão mal em termos de conforto material.

De minha parte, no entanto, se tivesse de começar de novo, queria que tudo fosse do mesmo jeito. E creio que tu pensas da mesma forma.

É verdade que quando visito alguns colegas de trabalho me deparo com verdadeiras mansões ou coberturas e por isso poucos nos visitam pois o desnível é marcante. Entretanto, com os meus verdadeiros amigos até me considero superior a eles em termos materiais e nunca nos deixaram sozinhos. E estes verdadeiros amigos são, entre muitos outros, teus irmãos, meus irmãos, Navegante, Juarez, seu Zé, Sandra, Samara, Acrisio, etc.

Finalmente, devo dizer que, comentando, disse o Luiz Carlos, que para discordar da tua mensagem, só alguém que estivesse doente. Como tu vês, não há grande discordância entre nós. Mas se há, em minhas atitudes, algumas delas - admito - diferentes das tuas, conformo-me com essa enfermidade.

João Melo

Timon (MA), 01/04/2005